Eu choro .

Eu choro.
Choro porque não tenho forças para gritar, o que dentro de mim faz um reboliço imenso.
Mexi as minhas entranhas, definitivamente me enlouqueçe.
Eu preciso ter voz. Deixar de chorar. De ficar em um quarto escuro sozinha.
Eu preciso de luz.
A minha luz é falar.
Mas, eu choro.
Porque busco a liberdade, sem a revolução e parece que querem revolução.
Não. Eu quero liberdade na base da fraternidade. Descubrir. Acordem. Tem uma garota pelos cantos pedindo socorro, mesmo que não pareça.
Eu choro.
As lágrimas, essas, não consigo conter ou não somem, como minhas palavras.
-Tirem essas máscaras, porque eu quero tirar a metade que cobre meu rosto.
Eu corto todas as linhas da minha marionete, e até ela, quero que viva, porque viver calada e passiva é um tormento.
Só não estranhem, quando as coisas tomarem rumos meio incompativeis.É que todo tempo chorei, calada e só.
Aqui sou sozinha, lá- encontrei companhia em braços cautelosos.
Eu choro.
Por ser covarde, fraca, sem ação.
Eu choro.
porque dói,
como uma doença, aos poucos, vai tomando conta. Dói como uma ferida aberta e inflamada.
Mas, o tempo está por vim e pararei de chorar.
Próxima vez,
falarei,
não irá doer mais em mim, sentirá quem ouvir ou ver.